Toda a gente, pelo menos
todos aqueles que eu conheço, chegam a um ponto da sua vida em que trocam as
ilusões pelas coisas banais da vida, pela preocupação, pelo medo. Vivem
endireitados pela rotina. Embalam os sonhos que sonharam a vida toda, que desde miúdos desejaram
alcançar. Guardam-nos porque sabem que eles, ao contrário de nós, não perdem a
validade. Não se gastam e nunca são demasiado espaçosos na nossa vida. Prometem
revira-los, pegar neles e criar as mais belas histórias. Mas mais tarde. Um
dia, talvez.
Para mim, não dá. Vivo dos meus sonhos, de mim num futuro próximo. Próximo,
espero eu que seja. Acho que toda a gente é assim, vive em cima dos sonhos,
dependem deles para continuar. Mas depois, há demasiado de tudo. Tudo o que nos
preocupa e enlouquece, tudo o que parecendo que não, nos afasta daquilo que
sonhamos. Correr atrás, correr demais, correr por eles. Pelos nossos sonhos,
por eles apenas…
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